segunda-feira, 19 de março de 2007

Os primeiros computadores criados...

História:
Até o final dos anos 70, reinavam absolutos os mainframes, computadores enormes, trancados em salas refrigeradas e operados apenas por alguns poucos privilegiados. Apenas grandes empresas e bancos podiam investir alguns milhões de dólares para tornar mais eficientes alguns processos internos e o fluxo de informações. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no começo do século. Arquivos de metal, máquinas de escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia-a-dia.

Em 1975, surgiu o Altair 8800, o primeiro "computador doméstico". Vendido por uma pequena empresa do Novo México (EUA) em forma de kit para montar, custava cerca de U$ 400, não tinha teclado ou monitor [1] e possuía apenas 256 bytes de memória. Apesar de sua capacidade irrisória, comparando com os padrões atuais, o "brinquedo" atraiu a atenção de centenas de pessoas que tinham a eletrônica como hobby.

Entre esses primeiros usuários estavam o calouro da Universidade de Harvard, William Gates III, e o jovem programador, Paul Allen, que juntos desenvolveram uma versão da linguagem "Basic" para o Altair. Pouco tempo depois, a dupla resolveu mudar o rumo de suas carreiras e criar uma empresa chamada Microsoft.

Nos anos seguintes, surgiram dezenas de novos computadores pessoais como o Radio Shack TRS-80 (O TRS-80 foi comercializado com bastante sucesso no Brasil pela Prológica com o nome de CP-500), Commodore 64, Atari 400 e outros com sucesso moderado. Em 1976, outra dupla de jovens, Steve Jobs e Steve Wozniak, iniciou outra empresa que mudaria o rumo da informática: a Apple.

Criados na garagem de Jobs, os 200 primeiros computadores foram vendidos nas lojas da vizinhança a US$ 500 cada. Alguns meses depois, já em 1977, foi lançado o primeiro microcomputador como conhecemos hoje, o Apple II. O equipamento já vinha montado, com teclado integrado e era capaz de gerar gráficos coloridos. As vendas chegaram a US$ 2,5 milhões no primeiro ano de comercialização.

Com o sucesso do Apple II, vieram o Visicalc (a primeira planilha eletrônica inventada), processadores de texto e programas de banco de dados. Os micros já podiam substituir os fluxos de caixa feitos com cadernos e calculadoras, máquinas de escrever e os arquivos de metal usados para guardar milhares de documentos. Os computadores domésticos deixaram então de ser apenas um hobby de adolescentes.Entretanto, até o começo dos anos 80, muitos executivos ainda encaravam os computadores pessoais como brinquedos. Além das mudanças de hábitos necessárias para aproveitar a nova tecnologia, os mais conservadores tinham medo de comprar produtos de empresas dirigidas por um rapaz de 26 anos que há menos de 5 trabalhava na garagem dos pais.

O uso profissional dos micros só deslanchou quando a IBM lançou o IBM-PC. A empresa dominava (e domina até hoje) o mercado de computadores de grande porte e, desde a primeira metade do século XX, máquinas de escrever com sua marca estavam presentes nos escritórios de todo mundo. O IBM-PC tinha um preço de tabela de US$ 2.820, bem mais caro que os concorrentes, mas foi um sucesso imediato. Em 4 meses foram vendidas 35 mil unidades, 5 vezes mais do que o esperado. Como observou o jornalista Robert X Cringley: "ninguém nunca tinha sido despedido por comprar produtos IBM". Os micros deixaram definitivamente de ser um brinquedo.

Em 1980, a IBM estava convencida de que precisava entrar no mercado da microinformática. Como não estava acostumada à agilidade do novo mercado, criado e dominado por jovens dinâmicos e entusiasmados, a gigantesca corporação decidiu que o PC não podia ser criado na mesma velocidade na qual ela estava acostumada a desenvolver novos produtos.

Por isso, a empresa criou uma força tarefa especial para desenvolver o novo produto. Assim, um grupo de 12 engenheiros liderados por William C. Lowe foi instalado em um laboratório em Boca Raton, na Flórida, longe dos principais centros de desenvolvimento da corporação que, até hoje, ficam na Califórnia e em Nova York.

As decisões desse grupo definiram os rumos da indústria dos computadores pessoais. A força tarefa resolveu usar componentes disponíveis produzidos por terceiros, como os processadores fabricados pela Intel. O único item patenteado e desenvolvido pela IBM foi o chip que cuida da comunicação entre os componentes do computador, o BIOS (Basic Input/Output System).

Assim, a IBM conseguiu desenvolver o PC em cerca de um ano, um recorde para a empresa e um sucesso imediato. Entretanto, não foi duradouro. Em 1982, três ex-funcionários da Texas Instruments criaram a Compaq Computer Corp com o objetivo de criar um computador portátil compatível com o PC. Como quase todas as partes do microcomputador podiam ser compradas em qualquer loja especializada, o principal desafio era copiar o chip do BIOS sem violar a lei de patentes.

Foi usada uma técnica conhecida como engenharia reversa. A idéia é simples: contratam-se alguns engenheiros para examinar e registrar tudo o que o componente original faz, montando um projeto detalhado com todas as características do chip a ser "imitado". Então, esse time é dispensado e, em seguida, reune-se um novo grupo que não tenha mantido qualquer contato com a equipe anterior ou com o projeto do componente original. Dessa forma, a segunda equipe desenvolve um produto baseado nas características registradas pelo primeiro grupo, criando um novo componente compatível.

Depois do lançamento do primeiro microcomputador Compaq em 1983, dezenas de outros fabricantes usaram essa mesma técnica. Algumas empresas como a American Megatrends (AMI) e a Phoenix Technologies começaram a comercializar BIOS compatíveis com aqueles que eram usadas no PC e centenas de clones [2] apareceram no mercado. Os preços e os lucros caíram e a IBM transformou-se em apenas um dos concorrentes a lutar em um mercado extremamente competitivo.

Outra decisão do grupo de trabalho de Boca Raton tornou Bill Gates o homem mais rico do mundo. Para funcionar, todo computador precisava de um software básico chamado sistema operacional. A Microsoft, que havia sido contratada apenas para desenvolver uma versão da linguagem Basic para o PC, indicou para os executivos da IBM a Intergalactic Digital Research, fundada e dirigida pelo pioneiro Gary Kildall, que produzia o CP/M, o melhor sistema operacional da época.

Quando os representantes da IBM foram tentar fechar um contrato para usá-lo no PC, Kildall faltou à reunião, segundo diz a lenda, para passear em seu avião particular. A mulher dele, aconselhada por um advogado, recusou-se a assinar um acordo para garantir o sigilo da conversação e nem chegou a iniciar a negociação. Os homens da IBM perderam a paciência, desistiram do CP/M e voltaram a procurar a Microsoft.

Gates não perdeu tempo. Apesar de não ter nada para entregar, ele fechou um acordo para fornecer um sistema operacional. Então, a Microsoft bateu na porta de outra pequena empresa de informática, a Seattle Computer Products, e comprou, por US$ 50 mil, os direitos sobre um sistema operacional simples chamado QDOS (Quick and Dirty Operating System) que, depois de algumas melhorias, foi rebatizado de DOS.

De acordo com o contrato, a Microsoft cedeu o DOS e o Basic sem restrições quanto ao número de microcomputadores IBM nos quais os programas seriam instalados e, no início, não ganhou muito dinheiro. Entretanto, Bill Gates deteve os direitos autorais sobre o software e pôde cobrá-los de todas as empresas que produziram os clones que surgiram posteriormente. Desta forma, ele iniciou a construção do império que faturou mais de US$ 25,30 bilhões no ano fiscal encerrado em 30/06/2001 e que vale hoje US$ 318 bilhões.

Com o propósito de corrigir esses dois erros estratégicos, a IBM ainda tentou lançar, em 1987, um microcomputador que utilizava componentes e sistema operacional exclusivos, o PS/2. Mas era tarde. Os clones de sua invenção dominavam o mercado e a Microsoft já havia lançado uma interface gráfica para o DOS, o Windows.


1. o termo monitor, em Portugal, também é conhecido como ecrã.
2. Os clones eram microcomputadores 100% compatíveis com o PC, isto é, imitações perfeitas.

Origem: Wikiédia, a enciclopédia livre.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador_pessoal

quinta-feira, 8 de março de 2007

Tecnologia do Mp3

O que é um Mp3?

Você já deve estar cansado de ler por aí que mp3 é causa da revolução musical que vem ocorrendo na internet. Pois bem, já está mais do que na hora de você saber do que se trata.
Primeira coisa que você deve saber : MP3 NÃO É UM PROGRAMA. Mp3 é um tipo de arquivo. Assim como os arquivos .doc são arquivos do Word©, arquivos .mp3 são arquivos de música que devem ser abertos com softwares específicos, conhecidos como players.
Arquivos com extensão .mp3, ou arquivos MPEG1 Layer III são arquivos de aúdio (waveform), semelhantes aos arquivos .wav (wave), porém, extremamente compactados. Para você ter uma idéia, imagine gravar uma música de CD num arquivo wave normal, usando sua Sound Blaster (ou qualquer outra placa de som) e os programas de gravação que a acompanham. À 44 kHz, 16-bits, stéreo (qualidade de CD), em uma música de aproximadamente 1 minuto, você gastaria cerca de 12Mb do seu disco rígido. Usando um Encoder MP3, o arquivo diminuirá cerca de 12 vezes, ou seja, terá,depois de convertido para o formato MP3, apenas 1 Mb e com qualidade muito próxima ao CD. Basta um programa simples para ouvi-los (veja na seção de player's alguns exemplos). Veja explicações mais detalhadas no decorrer do texto.
Se um arquivo wave tem 12Mb, ele terá, depois de convertido para o formato MP3 1 Mb, com qualidade muito semelhante.
Com todas essas vantagens, os arquivos .mp3 são uma das maiores revoluções que a internet proporcionou a música. É fácil você obter uma música inteira ou até mesmo um álbum inteiro na internet. A maioria das músicas tem entre 2 e 4 Mb, o que hoje em dia não é muito demorado para fazer o download (15 minutos com um modem de 33,6 kbps). Você pode, por exemplo, pedir para um amigo seu nos EUA ou Europa mandar o último álbum da sua banda preferida, que ainda não foi lançado aqui, via internet, e vice-versa !!!
Sendo um pouco mais específicos : a taxa de amostragem de um CD é 44kHz, ou seja, 44.100 amostras de som por segundo. Multiplique essa taxa por 2, levando em conta que você está ouvindo uma música estéreo. Fazendo algumas contas simples, para o caso de uma música de 1 minuto :
44.100 amostras/s * 2 canais * 2 bytes/amostra * 60 s/min = cerca de 10 MBytes
Agora imagine você baixando isso da internet num modem 28.8 :
10.000.000 bytes * 8 bits/byte / (28.800 bits/s * 60 s/min) = cerca de 49 minutos
Tudo isso para apenas 1 minuto de música ! Através de técnicas descritas (que são na verdade o mp3). O mp3 é uma norma internacional, ISO-MPEG Audio Layer-3 (IS 11172-3 and IS13818-3).
Quanto a legalidade desses arquivos, fazer o download não é ilegal (é como ouvir rádio) enquanto que distribuir música sem autorização é ilegal. No Brasil, vide lei sobre Direitos Autorais. A Central MP3 não fornece nenhum arquivo mp3 não autorizado para download e não se responsabiliza por links nela contidos para outras páginas que assim o façam.


Como funciona um Mp3?

Arquivos .mp3 são uma combinação sem igual de métodos avançados de compressão de arquivos .wav, preservando suas características originais. O Layer mais comum é o III, desenvolvido por Fraunhofer-Gesellschaft. O princípio de funcionamento básico do mp3 é buscar num sinal de áudio normal, como um arquivo wave, todas os sinais redundantes e irrelevantes que não sensibilizam nosso ouvido. Isto é relativo. Os audiofilos de plantão devem estar loucos com esses cortes e devem ser extremamente contra esses princípios. Se você tem um equipamento profissional de audio, de dezenas de milhares de dólares, com resposta em grandes faixas de frequencia (graves e agudos) o mp3 não deve ser a sétima maravilha, mas se você é como 99% da população, que tem bons e comuns aparelhos de som em casa você dificilmente notará diferença entre um CD e um mp3 bem codificado.
O algorítmo de compactação do mp3 corta frequências muito altas, acima dos 20kHz, que não são audíveis pelo ouvido humando. Só aí já são muitos bytes economizados. Alguns especialistas dizem que apesar de nosso ouvido não captar sons tão agudos, nós podemos senti-los. Questão de ouvido para ouvido. ;-) O sistema usado no caso do mp3 é o perceptual noise shaping que faz o seguinte : um banco de filtros pega pequenas amostras do sinal e através do algoritmo de compactação do mp3 gera um novo sinal diferente deste, menor, mas que soa aos nossos ouvidos como o primeiro. Em qualquer música, se duas frequencias muito próxima foram "tocadas" aos mesmo tempo nosso ouvido somente ouvirá a mais forte, ou seja, o mp3 simplesmente diminui o número de bits desse sinal mais fraco e mantém os bits do sinal mais forte, diminuindo assim o tamanho final do arquivo na proporção 12:1 (qualidade semelhante ao CD).

Autor:CentralMp3
Fonte:http://sombrasil.ig.com.br/centralmp3/index_central.php